Igrejas Cristãs de Deus
[161]
(Edição - 4.0
19960310-20060513)
O dízimo é comum em muitas religiões. Alguns líderes fazem grandes petições aos seus seguidores, às vezes pregando sobre três dízimos distintos. Este estudo faz uma investigação acerca do dízimo à luz da Bíblia e extrai conclusões relevantes para os judeus e para os Cristãos contemporâneos. As pessoas que pagam três dízimos estão a ponto de experimentarem algumas surpresas agradáveis.
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Dizimo
[161]
A lei do dízimo não é uma lei isolada. É um tema central da fé e para os eleitos e é um dos sinais dos eleitos.
O Pacto de Deus está associado directamente ao primeiro mandamento (ver o estudo O Primeiro Mandamento: O Pecado de Satanaz [153]). Os sinais do Pacto estão directamente relacionados com o primeiro mandamento e o culto e o conhecimento do único e verdadeiro Deus (João. 17:3; 1ª João 5:20). Os sinais do Pacto de Deus começam com os sinais da circuncisão e da Páscoa no Antigo Testamento. O Sábado é o quarto mandamento, surgindo do primeiro, e é o ultimo elemento do primeiro e grande mandamento que concerne ao amor de Deus.
(Ver os artigos A Lei e o Quarto Mandamento [256] e O Primeiro Grande Mandamento [252]).
Mateus 22:36-39 Mestre, qual é o grande
mandamento na lei? 37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e
primeiro mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo. (AAC)
Este grande mandamento foi estabelecido desde Deuteronomio 6:5 e é o elemento central da lei. Todas as outras leis precedem desta lei e todas se baseiam nela (ver também Marcos 12:28-34; Lucas 10:25-28).
O Pacto de Deus requer a dedicação dos membros de Israel físico e espiritual. Israel foi seleccionado e afastado por Deus como uma nação com um numero de sinais. Os primeiros elementos foram os sinais da circuncisão e da Páscoa. O Sábado também era um dos sinais (Êxodo 20:8,10-11; Deut. 5:12) entre nós e Deus quem nos santifica (Êxodo 31:12-14). A Páscoa, incluindo a Festa dos Pães sem Levedura, era um sinal ou selo (Êxodo 13:9,16) que foi, e é, um sinal da lei do Senhor (Deut. 6:8) e de Sua redenção de Israel (Deut. 6:10). A partir do Novo Testamento esta redenção estende-se a todos os que estão em Cristo (Romanos 9:6; 11:25-26).
A redenção de Israel era o do primogénito do ventre e, portanto, era o do primogénito da mulher e não do varão. Esta dedicação de todo o Israel foi estabelecida como o rito da circuncisão e, por isso mesmo, aponta para o baptismo como o sinal principal. A Páscoa incluía a Ceia do Senhor que se converteu no elemento principal da Festa a partir do Novo Pacto. Não obstante, era requerida a observância de toda a Páscoa, e assim foi guardada ainda algumas vezes de forma inapropriada (Deut. 16:4-8; 1ª Cor 11:1 e seg. 2ª Pedro 2:13: Judas 12).
A circuncisão devia ser a do coração (Deut 30:6: Jeremias 4:4) e não simplesmente física (Génesis 17:11; Deut. 10:16). O estabelecimento da Páscoa como o segundo sinal estendia-se desde a Ceia do Senhor no dia da preparação através de toda a festa (em conformidade com Deut. 16:4-8). O Sábado era o terceiro sinal dos eleitos como nação física. Portanto, Judá podia guardar o Sábado e ainda assim, não ganhar a vida eterna até depois da segunda ressurreição, permanecendo excluído do Segundo Pacto (ver também o artigo Lazaro e o Homem Rico [228]). O Sábado é o sinal externo renovável semanalmente dos sinais internos do Pacto que são o baptismo, o Espírito Santo, o lava-pés, o pão e o vinho da Ceia do Senhor, os quais são sinais renováveis anualmente da relação do Pacto estabelecidos com o baptismo e a recepção do Espírito Santo (ver o artigo O Pacto de Deus [152]).
O Sábado é um sinal tanto para Israel físico como para o espiritual. Sendo assim, pelo que se pode ver, observar o Sábado e estar no Israel físico, não garante estar na primeira ressurreição como fazendo parte dos eleitos espirituais.
O sangue do Pacto foi estabelecido desde o Pacto feito com Abraão em Génesis 15:7-21. As chamas passaram entre os animais mortos como uma indicação de que o Messias haveria de vir. Cristo era o libertador do Pacto, de quem foi o mediador.
Cristo teve que morrer para poder redimir a criação. Atraiçoar o Pacto significava a morte. Moisés representou isto mediante as suas acções no Sinai de onde ele aspergiu o altar e as pessoas dando a entender que a Expiação permanecia por inteiro em Deus e que a pena por apóstatar do Pacto era a morte e, através desta morte, o sacerdócio era santificado (Êxodo 24:6-8; 29:10-21) e com eles a nação.
Assim, o sangue é símbolo do dom supremo e da pena extrema da morte e sacrifício na expiação. Nada tem maior amor que este, que dá a sua vida pelos seus amigos (João 15:13). Assim, paga-se com a morte pelos crimes que dão como resultado a morte.
Tirar a vida é uma prerrogativa das autoridades, para que pelo homem seja o seu sangue derramado (Génesis 9:6). Paulo disse, do magistrado que executa a pena: “ Porque não é em vão que leva a espada, pois é servidor de Deus, vingador para castigar o que faz o mal (Romanos 13:4)”, o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). O primeiro mandamento requer o estabelecimento da lei de Deus sobretudo, do pensamento e do acto, segundo surge d’Ele. Isto aplica-se aos alimentos, ao direito civil, à autodefesa, etc., quer seja nacionalmente em tempos de guerra, ou individualmente. O sangue só pode ser derramado em conformidade com a palavra de Deus. O que é estabelecido por Deus não pode ser discordado pelo homem sem pecado. Assim o vegetarianismo, a não-violência ou ainda o pacifismo em suas formas extremas, todas impugnam as leis de Deus e tratam de elevar o homem e a sua lei ao mesmo nível da de Deus.
A expiação para o pecado é vida por vida por vida e isto não pode ser dado pelo homem (Salmo 49:7-8; Marcos 8:36-37). A vida de cada homem é penalizada pelo seu próprio pecado e toda a vida é de Deus (Salmo 50:9-10). Deus fornece assim o sangue da expiação (Levitico. 17:11), que fez com Messias e a Aliança. O sacrifício é por conseguinte o fruto da graça e não a base ou a raiz da graça.
A circuncisão e, mais tarde, o baptismo significam a eleição para a Aliança. A Páscoa celebra a redenção de Israel do mundo e do pecado. Os aspectos duais são da redenção física e espiritual incluindo por fim a Ceia do Senhor e a Noite de Observação (ou a Páscoa verdadeira em si), na qual o Messias foi o Cordeiro sacrificado (ver os artigos A Ceia do Senhor [103], A Páscoa [098] e A Noite a Ser Muito Observada [101]). O sangue requereu-se tanto para os caídos no Egipto, devido à sua descrença, como para os eleitos de Israel.
Portanto a sentença contra o Egipto era uma sentencia contra toda a Humanidade. Israel também estava debaixo da pena de morte. A redenção de Israel era a redenção de todos por intermédio do cordeiro da Páscoa. Os Judeus (que incluem Judá, Levi e parte de outras tribos) foram sentenciados à morte em Mateus 24., e destinados à destruição pela desobediência ou traição contra o Pacto. Judá foi enviado em dispersão e destruição porque não guardaram a Lei de Moisés; perverteram-na. A Igreja foi redimida e salva desta destruição (ver o artigo O Pacto de Deus [152]). A redenção foi assim uma redenção espiritual e física que se reflecte na sequência de acontecimentos da Ceia do Senhor por meio da Páscoa até ao primeiro dia santo dos Pães sem Levedura, ponde de parte a levedura da malícia e da corrupção e mudando para os Ázimos da sinceridade e verdade (1ª Coríntios 5:7-8). A seguir segue a ressurreição – depois da qual Cristo foi apresentado como a Oferta do Molho Movido ou dos primeiros frutos de Israel. O Messias foi assim o primogénito sacrificado como santo ao Senhor e sendo então o primeiro do sistema do Dizimo em sua forma física e espiritual suprema (ver o artigo A Oferta do Molho Movido [106b]).
Continuando com os requerimentos do primeiro mandamento vemos que para nação e para a Igreja, é-lhes requerido santificar ao seu povo e os seus produtos para o Senhor Deus como parte da Aliança. O primeiro elemento foi o dos primogénitos tanto de homens como de animais. No entanto, todos os varões foram circuncidados e as filhas eram filhas da Aliança desde o seu nascimento e desde o sacrifício de purificação (ver o artigo Purificação e Circuncisão [251]). A Páscoa era tomada por todas as crianças e os estranhos dentro de portas. O serviço foi desenhado de tal modo que os mais jovens pudessem perguntar. O Que Significa Esta Cerimónia? (Êxodo 12:26). No entanto isto é um paradoxo com a Ceia do Senhor, que só envolve aos discípulos baptizados em Cristo.
Há então uma distinção entre a santificação física de Israel debaixo da Aliança e da sua libertação do cativeiro e a redenção espiritual de Israel da morte.
A incapacidade dos comentadores como Rushdoony para compreender a dualidade da festa da Páscoa sobre os dois primeiros dias limita a sua capacidade para entender o significado da inclusão das crianças na Páscoa e a exclusão da Ceia do Senhor a crianças e a não baptizados, ainda que estejam presentes na festa e nas refeições.
Este erro depois induz-nos ao dilema lógico que tem como resultado o baptismo de crianças (ver a Rushdoony The Institutes of Biblical Law (As Instituições das Leis Bíblicas), Presbyterian and Reformed Piblishing Company (Companhia Editorial Presbiteriana e Reformada), USA, 1973, p. 46-47).
Este erro parece resultar também de uma má interpretação pelo problema da festa da Páscoa mencionada por Paulo em 1ª Coríntios 11, onde haviam famílias presentes (ref. Deut 16:4-7). Para além do mais, a assim chamada comunhão do pão e do vinho tradicionalmente foi negada a jovens baptizados até confirmados como adultos ainda nos sistemas Ortodoxos que praticam o baptismo em crianças. Esta prática resulta de uma adaptação do sistema original quarto decimal da Páscoa (ver o artigo As Discussões Quatro decimais [277]).
O Novo Pacto especificamente manifesta que as crianças sejam santificadas pelos eleitos. Os eleitos são santificados (1ªCorintios 6:2) por Deus o Pai, e guardados em Jesus Cristo (Judas 1). Os santos são santificados por Deus através do sangue do Pacto (Hebreus 10:29) e o corpo de Jesus Cristo (Hebreus 10:9-10). Assim, o Espírito Santo é o Espírito do nosso Deus e, através do nome de Jesus Cristo, os eleitos são então santificados e lavados pelo seu sacrifício continuando na fé através de Deus com Seu Espírito (Actos 26:18).
Aos eleitos é-lhes concedido o perdão através da graça e eles mantêm a sua posição através da fé – assim santificando-se uns aos outros, tanto na Igreja como nas famílias (1ª Cor. 7:14). Assim, o esposo não crente e as crianças são santificados nos eleitos. Os eleitos são santificados no corpo de Cristo, sendo um corpo em Cristo (Romanos 12:5; 1ª Cor. 12:20-27). Assim a santificação não depende de estruturas corporativas mas sim do baptismo e da recepção do Espírito Santo. Se as crianças pudessem serem baptizadas a sua santificação não fluiria do progenitor convertido; seria intrínseca. Não é intrínseca, depende do pai convertido; por conseguinte o baptismo infantil é inválido.
Como parte deste processo de santificação e dedicação sob a Aliança, os primogénitos estão consagrados como santos para o Senhor.
Êxodo 13:1-2 Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: 2 Santifica-me todo primogénito, todo o que abrir a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, assim de homens como de animais; porque meu é. (AAC)
Êxodo 13:11-16 Também quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti e a teus pais, quando ta houver dado, 12 separarás para o Senhor tudo o que abrir a madre, até mesmo todo primogénito dos teus animais; os machos serão do Senhor. 13 Mas todo primogénito de jumenta resgatarás com um cordeiro; e, se o não quiseres resgatar, quebrar-lhe-ás a cerviz: e todo primogénito do homem entre teus filhos resgatarás. 14 E quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que é isto? responder-lhe-ás: O Senhor, com mão forte, nos tirou do Egipto, da casa da servidão. 15 Porque sucedeu que, endurecendo-se Faraó, para não nos deixar ir, o Senhor matou todos os primogénitos na terra do Egipto, tanto os primogénitos dos homens como os primogénitos dos animais; por isso eu sacrifico ao Senhor todos os primogénitos, sendo machos; mas a todo primogénito de meus filhos eu resgato. 16 E isto será por sinal sobre tua mão, e por frontais entre os teus olhos, porque o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egipto. (AAC)
Êxodo 22:29-30 Não tardarás em trazer ofertas da tua ceifa e dos teus lagares. O
primogénito de teus filhos me darás. 30 Assim farás com os teus bois e com as tuas
ovelhas; sete dias ficará a cria com a mãe; ao oitavo dia ma darás. (AAC)
Os varões de Israel são circuncidados no oitavo dia e postos em relação com o Convénio de Deus no oitavo dia, estes temas sacrificatórios representam essa relação. Agora começamos a ver que esta introdução que trata acerca do primogénito e do primeiro mandamento e a relação com Deus tem uma relação directa como os primeiros frutos e o sistema do dízimo. O sistema relaciona-se inteiramente a nossa relação com Deus, como parte de Israel, e representa a relação da Igreja com Deus para a primeira ressurreição.
O conceito dos primeiros frutos está relacionado com as leis da redenção e a conexão é clara. A redenção é mediante o Cordeiro. Este era o ser que foi o Anjo e Elohim que redimiu a Israel e ia adiante deles (Génesis 48:15-16; Zacarias 12:8). A observação desta lei é também um sinal dos eleitos.
Êxodo 34:19-20 Tudo o que abre a madre é meu; até todo o teu gado, que seja macho, que abre a madre de vacas ou de ovelhas; 20 o jumento, porém, que abrir a madre, resgatarás com um cordeiro; mas se não quiseres resgatá-lo, quebrar-lhe-ás a cerviz. Resgatarás todos os primogénitos de teus filhos. E ninguém aparecerá diante de mim com as mãos vazias. (AAC)
Portanto as ofertas são obrigatórias. Ninguém pode santificar ao primogénito, é do Senhor.
Levitico 27:26 Contudo o primogénito dum animal, que por ser primogénito já pertence ao senhor, ninguém o santificará; seja boi ou gado miúdo, pertence ao Senhor. (AAC)
O nexo entre o primogénito, as festas e os Sábados também é claro.
Deuteronomio 15:19-20 Todo primogénito que nascer das tuas vacas e das tuas ovelhas santificarás ao Senhor teu Deus; com o primogénito do teu boi não trabalharás, nem tosquiarás o primogénito das tuas ovelhas. 20 Perante o Senhor teu Deus os comerás, tu e a tua casa, de ano em ano, no lugar que o Senhor escolher. (AAC)
O primogénito está ligado ao sistema do dízimo tanto pela redenção como pelo segundo dízimo. Assim, o primogénito é santo porque está ligado ao plano da salvação tal como se vê mediante o sistema das festas.
Romano 11:16 Se as primícias são santas,
também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são. (AAC)
A redenção é física e espiritual. Israel foi entregue à escravidão no Egipto, tanto fisicamente como espiritualmente estando sob pecado em escravidão. A redenção do homem está portanto ligada para a sua vida espiritual e sua ordem social. Toda a criação terá que ser finalmente redimida (Romanos 8:20-21) e por isso o reinado milenário de Jesus Cristo também deve de envolver a seres humanos físicos dentro da ordem social tal como foi descrito no Sinai. Essa lei do Sinai era perfeita. Alguns aspectos (como o divorcio) foram admitidos por causa da dureza dos corações de Israel.
O primogénito é da mãe e não do pai como temos visto (Êxodo 13:2). Tradicionalmente era permitido ao homem em média ter mais de uma esposa, e ao rei era permitido ainda mais (quatro (mYeb 4:11; mKet. 10:1-6; e também no Corão) ou cinco (mKer. 3:7) esposas dependendo das autoridades (ver também mKid. 2:7; mBkh. 8:4); e dezoito para o rei (mSanh. 2:4)). A seita de Qumran era de opinião que tanto os reis como plebeus deveriam ser monógamos; ver Schurer, The History of the Jewish People in the Age of Jesus Christ (A História do Povo Judeu na Era de Jesus Cristo), Vol 1, p.320, n.125). O Novo Testamento limita uma esposa para os anciãos e os diáconos (1ª Timóteo 3:2,12). O primogénito é assim santificado e dedicado, ainda que seja de um matrimónio polígamo e / ou nascido também sob a lei do dever familiar para a esposa de um irmão (Deut. 25:5-6). Zorobabel foi assim santificado porque ele nasceu de uma dessas relações (ver o estudo A Genealogia do Messias [119]).
É importante que Zorobabel figure nessa lista pelo seu significado na estrutura do edifício do Templo.
Ao tratar de Israel no Egipto, Deus colocou a todos os primogénitos do Egipto, tanto homens como animais, sob pena de morte. Com Israel Ele fez da nação inteira o Seu primogénito.
Êxodo 4:22-23 Então dirás a Faraó: Assim diz o
Senhor: Israel é meu filho, meu primogénito; 23 e eu te tenho dito: Deixa
ir: meu filho, para que me sirva. Mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu
matarei o teu filho, o teu primogénito. (AAC)
Este acto de redenção confirmou a Israel como membro do Pacto. Assim homem e animal converteram-se em possessão de Deus por adopção. Através do pecado, Israel mereceu morrer como o Egipto mereceu morrer. Isso foi simbolizado pela petição de Deus a Abraão de que este sacrificasse Isaac. No entanto, Deus (através do Anjo de Jeová (ou Yahovah) providenciou o sacrifício em seu lugar e de facto foi simbolizado por esse sacrifício como o redentor. Assim a vida está envolvida em sacrifício como na ideia que a vida é sacrificada pelo mantimento ou na restauração do homem para Deus num contexto religioso, seja por meio da consagração ou da expiação. O homem no pecado está desqualificado de oferecer o dom de sua vida na sua pessoa. Assim, Cristo reconciliou a humanidade para Deus para que depois pudessem continuar com esse acto de auto sacrifício sobre uma base de continuidade (ver também o artigo O Propósito da Criação e o Sacrifício de Cristo [160]).
O conceito de dar para Deus o primogénito no oitavo dia era como um sacrifício donde o indivíduo mantinha a relação com Deus. A tribo de Leví foi criada como o primogénito substituto devoto para Deus (Num. 3:40-41). Isto aponta também para nós como os verdadeiros primogénitos da ordem de Melquisedeque. Os animais eram dados frequentemente aos sacerdotes. No entanto, o sacrifício diário não podia ser feito pelo sacerdote somente. A nação foi dividida em vinte e quatro divisões como o foram os sacerdotes e esta tinha indivíduos ao serviço em Jerusalém sobre os turnos de suas divisões tal como tinha o sacerdócio (isto era um símbolo indicando a posterior ordem de Melquesideque como os eleitos). As divisões reuniam-se nas suas tribos, estando também a maioria distantes do Templo quando as divisões estavam de serviço em Jerusalém (Schurer, Ibid., Vol. II, p. 292-293). O sacrifício faz assim parte integral do culto mas envolve a nação inteira em divisões. As ofertas das divisões nacionais eram mediante a oração e o estudo das Escrituras além do sacrifício. O sacrifício foi substituído em Cristo mas os outros elementos, da oração e estudo das Escrituras e devoção diária, não foram substituídos nem eliminados. Devido a esta posição é portanto impossível que o sacerdócio de elite exclua a congregação do sacrifício e do sistema de culto – por exemplo, retendo o vinho na Ceia do Senhor e, por extensão, dentro do sistema de comunhão.
A circuncisão no oitavo dia ou a oferta era ao mesmo tempo uma reiteração da relação do Pacto do progenitor. É daqui que se originou o baptismo infantil. Originalmente vinculou-se para a legislação do sacrifício pelo primogénito e a circuncisão com uma promessa do Pacto da parte dos pais. Enquanto este aspecto poderia ser um de dedicação, não poderia tomar o lugar do baptismo e conversão. Por isso os actos de confirmação vieram a ser substituídos pelo baptismo adulto, porque o indivíduo isoladamente deve tomar a sua decisão à parte dos pais, portanto, deve ser baptizado em função do arrependimento.
Uma criança logicamente não se pode arrepender nem pode fazer qualquer compromisso. Portanto outra ficção teve que ser inventada, a saber, o padrinho.
A quota para a redenção das pessoas era especificada pela lei e não era onerosa (Levitico 27:1-8). A redenção está dividida em quatro categorias baseadas na idade e no sexo. Estas são 1 mês-5 anos, dos 5-20 anos, dos 20-60 anos e mais de 60 anos. Os listados seguem uma ordem de anos, primeiro os de 20-60, seguidos pelos dos 5-20 anos. Seguem depois porque, tal como disse Stone no Chumash, inclui aos para cima da idade do Bar-Mitzvah (cerimónia judia dos 13 anos) quando portanto tecnicamente são adultos. A avaliação da categoria de 20-60 anos é determinada em cinquenta ciclos sagrados, reduzindo a trinta para uma mulher. Parece que estas quotas têm alguma relação com o limite do tempo do Jubileu (ou seja 20 anos + 50 = 70) e a aptidão de estes indivíduos de chegarem à santificação, baseada na sua capacidade de pagamento. Nenhuma pessoa, não importa quanto pobre ou dependente seja, pode ficar excluída porque havia um sacerdote especialmente nomeado para avaliar ao indivíduo para a santificação baseado na necessidade. A vontade de fazer uma comparação entre a santificação e baptismo e os níveis de desenvolvimento e, portanto, o juízo baseado na idade e chamado é iniludível.
Os animais postos à parte como santificados para serem usados como ofertas não podiam ser redimidos ou usados para qualquer outro propósito (ver o Chumash de Stone, n. al Levitico 27:9-13).
Deus associa Seu direito sobre os primogénitos de Israel com a morte dos primogénitos do Egipto (Números 8:16-17). Números 8:18 estabelece aos Levitas como os substitutos primogénitos e os detalhes específicos da substituição são dados em Números 3:11-13, 44-51. Os detalhes sobre manadas e rebanhos são dados (Êxodo 13:11-13; 22:30; 34:19-20: Levitico 27:26-27; Números 18:15-17). Os Levitas converteram-se nos substitutos primogénitos como um protótipo dos eleitos dentro do sacerdócio de Melquisedeque. Só os eleitos enfrentam a primeira ressurreição e, portanto, são os primogénitos com Jesus Cristo para o sistema milenário.
Em Números 18:15-17, temos visto que os primogénitos não podem ser redimidos mas devem, com o dízimo do vinho, dos cereais e azeite, constituir parte do segundo dizimo segundo Deuteronomio 14:23; 15:19-22.
Deuteronomio 14:22-23 Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo. 23 E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogénitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias. (AAC)
O sistema do dízimo está assim de modo
inextrincavelmente ligado para a dedicação de Israel a Deus sob o Pacto, tanto
físico como espiritual; Velho e Novo, o Primeiro e Segundo Pacto. Nisto também
os dízimos em si mesmo representam os dois elementos do Pacto. O primeiro
dízimo está dedicado ao sacerdócio dentro da nação. O segundo dízimo está
dedicado ao indivíduo para a participação nas festas como parte das colheitas
sob o Segundo Pacto como sacerdotes e reis (ver Apocalipse. 5:9-10). O terceiro dízimo é para permitir que
os menos afortunados possam tomar o seu lugar na ordem de Melquesideque como
reis e sacerdotes sob o Messias. Assim o segundo dízimo, como veremos, é
convertido no terceiro dízimo e é de facto um e mesmo dízimo.
Rushdoony cita Waller em relação ao segundo dízimo mencionado aqui nos versículos 22-23 e também com relação ao terceiro dízimo no versículo 28.
Deuteronomio 14:28 Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua
colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. (AAC)
Ele cita a Waller (ver Ellicott II, 44)
(22) Cada um verdadeiramente dizimará, - O Talmude e interpretes judeus no geral estão de acordo na visão de que o dizimo mencionado nesta passagem, tanto aqui como no versículo 28, e também o dizimo descrito no cap. xxvi, 12-15, são uma mesma coisa – “ o segundo dizimo”; E completamente distintos do dizimo designado para os Levitas para a sua subsistência em Números xviii, 21, e por sua vez dizimado por eles para o sacerdote (Num. xviii, 26) …
(23) E comerás perante o Senhor teu Deus – ou seja, o mesmo é dizer, que cada um comerá o segundo dízimo. Isto devia de se fazer dois anos; Mas ao terceiro e sexto ano havia uma disposição diferente (ver o verso 28). No sétimo ano que era Sabático provavelmente não haveria dízimo, porque não haveria colheita. A fartura da terra era para todos e todo o mundo tinha a liberdade de comer à vontade….
(28) Ao final de três anos trarás todo o dízimo. - Isto é chamado Ma’aser ‘ Ani “o dízimo do homem pobre “ pelos judeus. O consideram idêntico ao segundo dizimo, o qual ordinariamente era comido pelos proprietários de Jerusalém; Mas cada terceiro e sexto ano eram outorgados para os pobres (Rushdoony, Ibíd., p. 50).
Rushdoony, cita a P. W. Thompson All the Tithes or Terumah (Todos os Dízimos ou Terumah). (The Covenant Publishing Co., London, 1946, p. 19) em apoio da argumentação que este segundo dizimo não era estritamente uma décima parte já que uma segunda décima não se apartava do gado especificado mas sim que “os primogénitos tomam o lugar do segundo dizimo dos animais” (ibid).
A versão RSV diz que se deve trazer ao final de cada três anos (a AAC diz o mesmo)
Deuteronomio 14:28-29 Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. 29 Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. (AAC)
Isto seria para o terceiro e sexto ano, não havendo dízimo no sétimo ano e no ano de Jubileu. No entanto, o Texto Massorético não tem a palavra cada, meramente indicando ao final do terceiro ano.
A RSV parece ter inserido esta palavra baseada na tradição. Isto segue a tradução de Soncino que adiciona a palavra “ cada “ no inglês. A Biblia Interlinear de Green omite a palavra e o texto principal mostra que está ausente no hebreu. Assim, o único ano seguro é o terceiro do ciclo Sabático. Nachmanides e Abraham Ibn Esdras são da opinião que o segundo dizimo era convertido no terceiro dizimo no terceiro ano do ciclo. Soncino indica que esta interpretação está de acordo com a tradição (n. al v. 28).
A edição de Stone do Chumash, Mesorah Publications, 1994 nota o segundo dizimo em estes versos.
O 22-27 O Segundo dizimo. Depois de que terumah, ou a porção do kohen, e o dízimo do Levita hão sido removidos da colheita, o proprietário deve de separar o segundo dizimo, o tema desta passagem. É tomado no primeiro, segundo, quarto e quinto ano do ciclo Shemittah de sete anos. Durante o terceiro e sexto ano, um dizimo é tomado no lugar desse para distribuição para os pobres. Durante o sétimo ano, não é tomado qualquer tipo de dizimo.
22……vós dizimareis. Midrash Tanchuma nota a justaposição do mandamento para dizimar e o mandamento prévio. A Tora dá a entender que se vós deixeis de dar os dízimos requeridos, vós fareis que Deus traga o vento quente e seco do este, para “cozinhar” as sementes moles do grão enquanto estão todavia no talo com a sua mãe (Rashi).
Tanchuma faz comentários adicionais que a segunda parte deste verbo composto que pode ser lido… cada um se fará rico. Assim a Tora ministra o ensino que se cada um dá dízimos, cada um se tornará rico, em absoluta contradição aos que afirmam que não podem contribuir para a caridade porque temem tornarem-se pobres. Este mesmo conceito – que o dizimo aumentará a abundância do doador, não a diminuirá – é encontrado noutro sítio nas Escrituras: Deus disse: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não derramar sobre vós bênção sem medida. (Malaquias 3:10).
O Dizimo do Dizimo
Há assim um primeiro e um segundo dízimo. O primeiro dízimo é para ser pago ao sacerdócio. Sob o Antigo Pacto era pago aos Levitas que por sua vez pagavam um dízimo do dízimo ao sacerdócio do templo (Números 18:26; 10:38). O dízimo era recolhido sobre a base de uma área e administrado numa base local. Só o dízimo do dízimo era para o sacerdócio do templo. O segundo dízimo servia para as festas no lugar designado para tal propósito (Deut. 14:22-23). Também era compartilhado com os menos afortunados, mas predominantemente com a classe Levitica sem terras (Deut. 14:27). O segundo dízimo era entregue inteiramente aos pobres ao final do terceiro ano. Este era o terceiro dízimo. Devia ser convertido em dinheiro por razões práticas e por fim tem relação directa com a sociedade do salário a dinheiro. Constituía o depósito de socorro para o ciclo sabático. Isto era complementado pelas espigas dos cantos (Levitico 19:9) e o acesso sabático para tudo o que crescia por si mesmo.
Este texto em Números é interpretado pelas autoridades judaicas como que um Levita deve pagar um dizimo a um Kohanim ou sacerdote e esse dizimo permanece cerimoniosamente puro sendo consumido só por ele.
Números 18:26
Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando dos filhos de Israel
receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses
dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos. (AAC)
No entanto, em Neemias vemos que era mais do que isso – era uma directiva específica para um sistema administrativo. Isto especificamente impossibilitava o estabelecimento de um sistema hierárquico quando era empregado correctamente.
Neemias 10:37-38 e as primícias da nossa mas, e as nossas ofertas alçadas, e o
fruto de toda sorte de árvores, para as câmaras da casa de nosso Deus; e os
dízimos da nossa terra aos levitas; pois eles, os levitas, recebem os dízimos
em todas as cidades por onde temos lavoura. 38 E o sacerdote, filho de
Arão, deve estar com os levitas quando estes receberem os dízimos; e os levitas
devem trazer o dízimo dos dízimos à casa do nosso Deus, para as câmaras, dentro
da tesouraria. (AAC)
Pelo texto em Neemias 10:37-38 comparado com Números, vemos a confusão sobre o segundo dízimo e os primeiros frutos sendo trazidos ao Templo e oferecidos ali. Os primeiros frutos eram oferecidos nas festas para o sacerdócio. O segundo dízimo permitia às pessoas assistirem às festas e estavam especificamente dirigidos para serem consumidos pelos donos e seus beneficiários (ajuda aos pobres) na festa. Assim, os primeiros frutos por definição devem estar separados do segundo dizimo e por conseguinte, Stone e o Midrash logicamente não podem estar correctos. O primeiro dizimo é dado aos Levitas numa base local mas os primeiros frutos estão reservados para as câmaras da casa de Deus. Os primeiros frutos da tosquia (Deut. 18:4) e o tributo da massa do pão (Neemias 10:38) eram também dados ao sacerdote. O melhor dos sacrifícios, a saber o peito e a espádua direita (Levitico 7:30-34), e na matança usual, a saber a pata dianteira, a bochecha e o estômago (Deut 18:3), eram dados aos sacerdotes. O Salmo 30 acompanha aos primeiros frutos. Ao estabelecimento da classe sacerdotal como uma aristocracia rica contribuiu-se pela interpretação sempre a favor dos sacerdotes de essas leis do dízimo; o que originou a desconfiança do povo. A aderência a estas interpretações tradicionais por parte dos Escribas contribuiu para esse crescimento da riqueza e do poder e finalmente subverteu o sistema (ver Schurer, Vol II, p. 257 e seg).
O mantimento da Casa de Deus não era confinado a Jerusalém. Já vimos no artigo O Sinal de Jonas e a Historia da Reconstrução do Templo [013] que houve Templos mantidos no Egipto, tanto em Elefantina como em Leontopolis com a sanção de Deus na profecia. E mais ainda o de Elefantina ajudou com uma doação para que o Templo de Jerusalém começasse outra vez (ver as Cartas Aramaicas referidas no artigo O Sinal de Jonas e a Historia da Reconstrução do Templo [013]). Durante o período do Templo até ao tempo de Cristo, os Levitas foram mantidos pelo dízimo da Diáspora e da Galileia e em todos os outros sítios. Assim, o dizimo não tem nada a ver com a existência do Templo em Jerusalém e não era mandados para lá, salvo o dízimo do dízimo, das leis dos primeiros frutos e mediante as ofertas tomadas do segundo dízimo. Isto ocorreu desde a restauração sob Neemias até talvez tão tarde como a recompilação da Mishnah (c. 200 d.C.), para nesse tempo talvez se tenha convertido só em teoria e se tenha transformado em algo diferente na prática.
Os judeus na Diáspora foram confrontados com uma interpretação das leis do dizimo e, na dispersão, as leis – estimou-se – só regiam na Terra Santa e, assim, as leis que se referem para as terras foram invalidadas pelos sacerdotes. Outra coisa que ocorreu é que o sistema de Jubileu perdeu-se deliberadamente (distorcendo) afim de não terem de o observar, porque dava como resultado uma redução nos recebimentos em cada sete anos. Isso foi condenado pelos sacerdotes porque eles tão pouco queriam perder a receita de cada sete anos. A situação acerca da administração exacta é ambígua mas Schurer é de opinião que o sistema era mantido [na sua forma bastarda] por muitos na Diáspora e muitos enviavam fundos para Jerusalém. Aos Levitas passou-lhes por alto e a administração foi centralizada sob o sacerdócio que se apoderou da administração dos dízimos e estes foram consumidos pelos sacerdotes, seus parentes, pelos seus servos, e inclusive pelos seus escravos. Só o Mais Sagrado era consumido pelos sacerdotes unicamente (ver a Schurer, Vol II, p. 260-261, 270). Os dízimos não foram na realidade entregues aos Levitas (ibid., p. 270). O Mishnah no entanto dá por suposto que o sacerdote e os Levitas recebiam cada um a sua parte respectiva do dono (mM.Sh. 5:6; ver Schurer, n. 46 a p. 270). Isto continua a prática estabelecida sob Neemias (Neemias 10:38-39). No entanto, desde o tempo de Cristo, a prática tinha sido distorcida (Josephus, Vita 12 (63); 15 (80); Ant. xx 8,8 (181); 9,2 (206-207); ver Schurer, Ibíd., notando também para Wellhausen, Ritter, Belkin e Baron). Por volta do tempo de Cristo, as ofertas Terumah, eram distintas dos primeiros frutos, os quais vieram a ser simbólicos, e o melhor dos frutos do campo e arvores vieram a ser contados em termos de renda pessoal. Um quinquagésimo era a média para dar, com um quadragésimo considerado generoso e ainda um sexagésimo considerado mesquinho (Schurer, Vol, II, p. 263). As Temurah eram consideradas como os primeiros frutos. No entanto, de facto estão relacionadas com o tributo do Príncipe e aproximam os 2% da colheita da cevada. Os sacerdotes não têm outra base para o tributo das Temurah. A lei Oral ou a tradição havia-se usado deliberadamente para minar a lei bíblica e de facto destruiu o poder e a liberdade da lei de Deus, para enriquecer o sacerdócio. Se é usada como um guia para o tributo dos primeiros frutos para o sacerdócio, e o primeiro dizimo é dado aos Levitas com os sacerdotes recebendo só o dízimo do dízimo, o sistema é mais equilibrado.
Todo este sistema do dízimo foi deliberadamente minado antes de Jesus Cristo, depois de Neemias, pelos Sacerdotes e o sistema Rabínico centralizou-o com propósitos de poder. Esta foi a razão pela qual foram enviados em cativeiro, porque nada se podia fazer com eles.
O Imposto do Templo
O seguinte elemento do sistema de dizimo era a taxa do templo. Este imposto específico é mencionado para a Expiação. Êxodo 30 trata do estabelecimento do altar, sua santificação e a Expiação de Israel. Israel só pode ser contado por censo nesse momento e o imposto deve ser estabelecido segundo o número das pessoas para cima dos vinte anos que houvessem sido numeradas no censo. O imposto é fixado em meio siclo (a vinte jeiras por siclo). A ninguém lhe é permitido dar mais ou menos quando o imposto do Senhor é recolhido no tabernáculo da reunião.
Êxodo 30:11-16 Disse mais o Senhor a Moisés: 12 Quando fizeres o
alistamento dos filhos de Israel para sua enumeração, cada um deles dará ao
Senhor o resgate da sua uma, quando os alistares; para que não haja entre eles
praga alguma por ocasião do alistamento. 13 Dará cada um, ao ser
alistado, meio siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte
jeiras); meio siclo é a oferta ao Senhor. 14 Todo aquele que for
alistado, de vinte anos para cima, dará a oferta do Senhor. 15 O rico não dará
mais, nem o pobre dará menos do que o meio siclo, quando derem a oferta do Senhor, para fazerdes expiação
por vossas almas. 16 E tomarás o dinheiro da expiação dos filhos de Israel, e o
designarás para o serviço da tenda da revelação, para que sirva de memorial a
favor dos filhos de Israel diante do Senhor, para fazerdes expiação por vossas
almas. (AAC)
Esta taxa é um imposto, e não uma oferta. Expiação é o único tempo em que Israel pode fazer censos e é para propósitos espirituais e não para propósitos de defesa. Assim, uma oferta na Expiação é especificamente proibida e ataca o coração e mesmo a idoneidade do sacrifício expiatório do Messias.
O Imposto do Templo e o Tributo do Príncipe
A confusão parece existir sobre o meio siclo do templo (ou didrachma) e a taxa para a provisão de sacrifícios para o culto público administrado pelo príncipe. Schurer parece ser de opinião que este imposto era uma taxa pós exílio em substituição da parte do dízimo em Ezequiel. Ele disse, ao enumerar os recebimentos do sacerdote como vieram a ser arrecadados pela tradição em vez de pela lei, que:
Todos os recebimentos listados até agora constituem a receita pessoal do sacerdote. De estes agora devem ser distinguidos os impostos directamente destinados à manutenção do culto público. O mais importante era o imposto do meio siclo ou didrachma. A taxa deste tipo não existia antes do exílio porque até então os custos do serviço público eram suportados pelo rei (Ezequiel 45:17 e seg., LXX 46:13-15). Mas eram pagos já no tempo de Neemias, ainda que nesse tempo equivalia só a uma terceira parte de um siclo (Neemias 10:33-34). O incremento para a metade de um siclo só pode ter sido aumentado depois de Neemias. A passagem relevante no Pentateuco donde está prescrito o imposto do valor de meio siclo (Êxodo 30:11-16) deveria por conseguinte ser considerado como uma adição posterior ao Código Sacerdotal. O pagamento real deste imposto no tempo de Jesus é testemunhado por uma fonte fidedigna (Schurer, Ibíd., p. 270-271).
Esta declaração por Schurer é muito extraordinária. Encaixa inteiramente na suposição da discussão sobre o Código Sacerdotal que divide a autoridade da Tora e descansa na premissa de que o Êxodo e Números foram escritos depois de Deuteronomio, Ezequiel e Neemias (ver esp. p. 258). Assume que a posterior prática conforme para Êxodo 30:11-16 é prova de que o texto em Êxodo não existia no tempo de Neemias. Isto é um raciocínio errado. A restauração de Neemias consistiu em restaurar as leis tal como se encontram no Pentateuco. O texto em Êxodo especifica o peso de vinte jeiras para o siclo. O sistema babilónico parece ter-se baseado em divisões de sessenta (ou trinta jeiras para o siclo – portanto a especificação deliberada em Êxodo). Este sistema estendeu-se até aos Medo Persas. Isso seria, vinte jeiras duas terças partes de um siclo Medo-Persa. Em lugar de indicar a inexistência de Êxodo 30:11-16 no Pentateuco no tempo de Neemias, parecia indicar que a restauração de Neemias foi completa e literal. Quando Judá recuperou a sua independência, já não estava obrigada pelo sistema Medo Persa de pesos e medidas, mas que pode implementar o seu próprio sistema. O caso alternativo é que, sob Neemias, a redução ao terço de um siclo foi instituída como um alívio na adversidade mas isso envolveria uma alteração da lei que Neemias restaurava e por essa razão deve ser recusada. Qualquer que seja o caso, no entanto, parecia ter pouca evidência para a suposição de Schurer.
O tributo do Príncipe em Ezequiel é para o propósito específico de prover para as ofertas nas Festas, Luas Novas e nos Sábados.
Estas ofertas e a quota subsequente indicam que no tempo sob Ezequiel, observar as Festas, as Luas Novas e o Sábado era considerada uma obrigação e que eram dias de culto e santos.
Ezequiel 45:13-17 Esta será a oferta que haveis de fazer: a sexta parte duma efa de cada hômer de trigo; também dareis a sexta parte duma efa de cada hômer de cevada; 14 quanto à porção fixa do azeite, de cada bato de azeite oferecereis a décima parte do bato tirado dum coro, que é dez batos, a saber, um hômer; pois dez batos fazem um hômer; 15 e um cordeiro do rebanho, de cada duzentos, de todas as famílias de Israel, para oferta de cereais, e para holocausto, e para oferta pacífica, para que façam expiação por eles, diz o Senhor Deus. 16 Todo o povo da terra fará esta contribuição ao príncipe de Israel. 17 Tocará ao príncipe dar os holocaustos, as ofertas de cereais e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel. Ele proverá a oferta pelo pecado, a oferta de cereais, o holocausto e as ofertas pacíficas, para fazer expiação pela casa de Israel. (AAC)
Esta taxa é dada ao principie e não aos Levitas e não foi substituído pelo imposto. O sacerdócio sustenta que era um e o mesmo porque eles tornaram-se a única autoridade de Judá e a realeza tinha sido removida. Em Ezequiel 46:1-3 vemos que esta taxa estava vinculada ao sistema de culto. A porta oriental do átrio devia ser aberta em cada Sábado e na Lua Nova e o governante devia assegurar que as ofertas fossem feitas. Portanto as responsabilidades da liderança de Israel estendem-se até à implementação do Sábado e das Luas Novas os quais eram dias de culto e sacrifício.
O dízimo suplementar era aproximadamente dois por cento de cevada, um por cento de azeite e meio por cento dos rebanhos. A conversão em termos monetários devia ser por percentagens de receita. A relatividade era em relação com a produtividade dos números. Os rebanhos produziam menos e deviam ser mantidos. A cevada e o azeite eram colheitas directas. A cevada era a mais onerada porque era uma colheita anual e de rendimento muito superior à das plantações de oliveiras. A taxa assim estava ligada ao rendimento liquido em um pouco menos do que dois por cento. Quando examinamos a taxa da Terumah, vemos que era aproximadamente uma quinquagésima parte ou dois por cento da renda pessoal.
Desta taxa faziam-se as ofertas públicas do Sábado, Lua Nova e Festas.
As Ofertas
Isto depois leva-nos para a seguinte fase do sistema e estas são as ofertas do indivíduo. As colectas semanais na Igreja são contrárias à das leis de Deus. A colecta ordenada por Paulo a que se referiu como no “ primeiro dia da semana “, ou domingo, não foi uma legitimação do culto dominical ou de ofertas semanais (1ª Cor.16:2-4).
Esta colecta era para a Igreja de Jerusalém que estava em graves dificuldades. A data desta colecta guardava relação com o sistema do terceiro dízimo, pois era num ano de terceiro dizimo, e foi estabelecida no primeiro dia da semana, que começa ao escurecer na tarde de sábado, afim de que o Sábado pudesse ser observado irrepreensivelmente, e não para que o domingo pudesse tornar-se um dia de culto (ver também os artigos O Sábado [031] e A Colheita [139]).
As ofertas devem ser feitas três vezes ao ano. Isto não significa que seja em cada dia santo. Significa três vezes ao ano. Para além do mais a colheita deve ser levantada na primeira noite de cada festa. Não pode permanecer até de manhã. Há boas razões para isso. Os pobres e os Levitas tinham que comer e as preparações faziam-se antes da festa. O Messias implementará este sistema sob o Milénio e faz parte da lei de Deus agora.
As três temporadas de festa e sua duração estão numeradas em Deuteronomio 16:1-15. No versículo 16, vemos que o Senhor estabelece a oferta.
Deuteronomio 16:16-17 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor
teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das
semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor; 17 cada qual
oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver
dado. (AAC)
Trombetas não é mencionado em Deuteronomio 16 e na Expiação é estritamente proibido qualquer oferta. Portanto, três vezes é o ordenado, e significa três vezes. A relação está ligada às três colheitas de Deus: O Messias como a Oferta do Molho Movido, os eleitos na primeira ressurreição (a colheita de trigo no Pentecostes) e a colheita geral do mundo nos Tabernáculos.
A legislação relativa à da colheita encontra-se em Êxodo 23:17-19.
Êxodo 23:17-19 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor Deus. 18 Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem ficará da noite para a manhã a gordura da minha festa. 19 As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe. (AAC)
Assim, a colecta deve fazer-se ao começo da primeira noite da Páscoa, Pentecostes, e Tabernáculos. Portanto, também são proibidas mais de três ofertas. A gordura do sacrifício não deve de permanecer até à manhã, que está em conjugação com o texto da sobre a Colheita. A RSV diz (A AAC também):
Êxodo 23:17-19 Três vezes ao ano todo o homem
aparecerá diante do Senhor Deus. 18
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão
levedado, nem ficará gordura da minha festa durante a noite até pela manhã. 19 As primícias dos
frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus. Não cozerás o cabrito no
leite da sua própria mãe. (RSV)
A continuidade do texto faz com que no contexto a gordura é a oferta da festa. Não significa a gordura proibida de consumir segundo a lei. O mesmo termo é falado em Génesis 45:18 e Neemias 8:10.
Neemias 8:9-10 E Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. 10 Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força. (AAC)
Assim a oferta deve ser recolhida ao chegar à festa, mesmo no seu início e em cada uma das três festas.
Há outra razão, em termos, da localização incorrecta de Neemias e Esdras no reinado de Artaxerxes I, porque esse sétimo ano do ciclo de tempo só pode ser localizado no reinado de Artaxerxes II e é um segundo testemunho junto com Ezequiel 1:1 para estabelecer o sistema do Jubileu. Por essa razão mudaram completamente tudo e localizaram mal as setentas semanas de anos de Daniel 9:25-27 e localizaram de forma errada o começo e o reinado de Neemias com Esdras no reinado de Artaxerxes I., em vez de Artaxerxes II, como tão claramente dizem os antigos textos judaicos.
Os antigos textos judaicos localizam o reinado de Esdras como contemporâneo com Alexandre Magno. Esta prova fora de qualquer duvida, trata-se do reinado de Artaxerxes II e não de Artaxerxes I e que se trata do fim de Esdras no ano de 320 a.C (antes da era corrente), e não de cem anos antes. Este é o segundo testemunho para a restauração do calendário.
O Ano Sabático
A legislação do ano sabático em Levitico 25:1-7 proíbe o cultivo dos campos ou a poda das vinhas, ou da plantação de oliveiras (Êxodo 23:10). O produto dos campos e as uvas das videiras não serão colhidas no sétimo ano do ciclo. Deve servir como alimento para os proprietários, o grupo familiar e os pobres ou o estrangeiro na terra.
As dívidas também serão perdoadas nos anos sabáticos e nos Jubileus (Deut 15:1-3). As terras serão restauradas aos seus proprietários no Jubileu. Durante a Festa dos Tabernáculos nos anos sabáticos também é lida a lei em cada dia (Deut. 31:9-13; Neemias 7:73, 8:1-18). O ano sabático como parte do sistema de dizimo é fundamental para entender a lei.
A razão principal
por de trás da não aplicação do sistema sabático na Terra Santa, pelos judeus na
Diáspora, era afim de que não tivessem que deixar descansar os seus campos no
ano sabático. Os sacerdotes o
condenaram, pois aumentou a renda. Essa também tem sido a motivação da
sociedade moderna e da Igreja.
A Remoção da Autoridade
Levitica
O sacerdócio que precedeu o Aaraónico ou Levitico e que também sucedeu a esse sacerdócio Levitico foi o de Melquesideque (ver o artigo Melquesideque [128]). Abraão dizimou a Melquesideque e, portanto, David e o Messias dizimaram a Melquesideque quando ainda estavam nos lombos de Abraão (Génesis 14:18-20).
Hebreus 7:5-9
E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem,
segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que
estes também tenham saído dos lombos de Abraão; 6 mas aquele cuja genealogia
não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou ao que tinha as
promessas. 7 Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente recebem
dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica
que vive. 9 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, (AAC)
Vemos aqui que os Levitas pagaram dízimos também e que o seu sacerdócio era inferior ao de Melquesideque cumprido em Jesus Cristo (Salmo 110:4). A nomeação dos setenta [dois] por Cristo em Lucas 10:1,17 foi a transferência da autoridade do Sinédrio para a Igreja. Assim, o dízimo agora pertence ao sacerdócio de Melquesideque e não ao sacerdócio Levitico. Assim, a Igreja e a sua administração local é a beneficiária do primeiro dízimo. À administração central pertence o dízimo do dízimo.
O Incremento Produtivo
A explicação dos dízimos é segundo o incremento produtivo. É segundo o incremento dos campos e dos rebanhos, etc. Não envolve animais mortos, ou os desgarrados e mortos por animais selvagens, ou mortos antes de nascer, ou as colheitas ou frutos das sementes sem os apanhar, ou o pasto comido pelos animais ao arar ou pisando o grão. Não amordaçaras um boi enquanto pise o grão (Deut. 25:4).
Assim, o dizimo é um dízimo líquido e não um dizimo bruto. Traduzido em termos actuais é o dízimo depois dos impostos, ou salário líquido livre de taxas e encargos, e não um dizimo do salário bruto. A determinação dos custos corresponde ao indivíduo – é uma relação que o indivíduo tem com Deus.
Reter os dízimos é identificado especificamente como roubar a Deus. O sistema do dízimo é identificado por Deus como parte integral do Pacto de Deus. Deus ocupa-se do assunto do Pacto através do profeta Malaquias. O nexo entre os dízimos e o Pacto é estabelecido em Malaquias 3. Ali identifica-se o Messias com os eleitos e menciona-se a condição para entrar no sistema que ele estabeleceu. Deus ordena ao Seu povo que torne-se para Ele e Ele voltará para eles. Ela dá a instrução explícita no que se refere ao método do retorno e parte do sinal desse regresso. Esse sinal é o sistema do dízimo.
Devemos regressar para Deus nos dízimos antes que Ele regresse para si.
Malaquias 3:6-18 Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacob, não
sois consumidos. 7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e
não os guardastes. Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis:
Em que havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. 9 Vós sois amaldiçoados com a
maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda. 10 Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois
fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas
do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior
abastança. 11 Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá
os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes
do tempo, diz o Senhor dos exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados;
porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos. 13 As vossas
palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos
falado contra ti? 14 Vós tendes dito: inútil é servir a Deus. Que nos aproveita termos
cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos
exércitos? 15 Ora pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os
que cometem impiedade prosperam; sim, eles tentam a Deus, e escapam. 16 Então aqueles que
temiam ao Senhor falaram uns aos outros; e o Senhor atentou e ouviu, e um
memorial foi escrito diante dele, para os que temiam ao Senhor, e para os que
se lembravam do seu nome. 17 E eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, minha possessão
particular naquele dia que prepararei; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu
filho, que o serve. 18 Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o
que serve a Deus, e o que o não serve. (AAC)
Vê-se assim que o sistema do dízimo faz parte da relação do Pacto entre Deus e Israel. Ninguém pode alterar ou tomar decisões que alterem as leis de Deus segundo se apliquem para estas leis e este Pacto.
Nenhuma pessoa pode fazer parte dos eleitos e não cumprir com as leis do dízimo. É um sinal de regresso para Deus na restauração.
Conclusão
O primeiro dízimo portanto é administrado numa base de área local. A administração é mantida pelo dízimo do dízimo. O segundo dízimo é usado no primeiro, segundo, quarto, quinto e sexto ano do ciclo Sabático. O terceiro dízimo é de facto o segundo dízimo normal do terceiro ano do ciclo convertido em terceiro dízimo e dado ao sacerdócio (agora à Igreja) para a assistência aos pobres. O sexto ano do ciclo é usado pelos judeus como um ano de terceiro dizimo também segundo a sua tradição mas não há directiva expressa nessa matéria. O ciclo Sabático ou de sete anos fazendo sete ciclos ou quarenta nove anos com o quinquagésimo ano como o Jubileu é a maneira de determinar os anos. A legislação que rege o Jubileu encontra-se em Levitico 25:9-54 e 27:17-24. O Jubileu é estabelecido nos anos 27 e 77 em cada século da era actual (por Ezequiel 1:1-2). Deus estabeleceu a base de Seu Calendário e isso não se pode perder (ver o artigo O Calendário de Deus [156] e também O Significado da Visão de Ezequiel [108]).
Nenhum dízimo, qualquer que seja a sua descrição pode ser levantado no sétimo ano ou no ano de Jubileu. Todo o dinheiro destes anos são como ofertas voluntárias e são oferecidas para fundos do primeiro e terceiro dizimo.
Como vemos, o segundo dízimo é convertido no terceiro dízimo e é dado para os pobres no terceiro ano do ciclo Sabático. Sendo que a festa é observada dentro das nossas portas nesse ano, os gastos da Festa são de poupanças guardadas para além do segundo dizimo. Todo o segundo dizimo neste ano é dado aos pobres e aos Levitas e, nos anos normais, os indivíduos davam ofertas do segundo dizimo para os pobres e para os Levitas. O sexto ano é observado como um terceiro dízimo segundo as tradições Orais. O efeito no sistema do Jubileu resultaria como uma atribuição de um duplo segundo dizimo para o sacerdócio (e à Igreja). Esta foi uma decisão puramente administrativa dos judeus sem base bíblica. Os modelos de rendimentos modernos requerem ofertas monetárias para os fundos do primeiro e terceiro dízimos.
O último ano de Jubileu foi em 1977. Os seguintes anos Sabáticos foram/serão em 1984, 1991, 1998, 2005, 2012, 2019 e 2026. O ciclo até aos anos Sabáticos de 2005 e 2012 eram/são assim:
. 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2006, 2007, 2009, 2010, e 2011 foram ou são anos de primeiro e segundo dízimo normais.
. 1994, 2001, 2008, etc., foram ou são anos de terceiro dízimo quando o segundo dízimo é dado para os pobres para a assistência nas festas.
. 2005 é/foi o seguinte ano Sabático e nenhum dos dízimos é pago. Todo o dinheiro é pago como oferta do primeiro e terceiro dízimo. A lei é lida nos Tabernáculos nesse ano.
2027 é o ano seguinte de Jubileu com os anos Sabáticos que calham em 2005, 2012, 2019 e 2026.
Nenhuma pessoa pode de modo algum, estabelecer um sistema que limite o sistema que Deus estabeleceu. A razão pela qual os Jubileus não foram restabelecidos nas Igrejas de Deus no século vinte parece basear-se em pura avareza já que este sistema teria limitado o rendimento. De facto um sistema foi estabelecido que não tinha qualquer parecença com o verdadeiro sistema do dízimo e que acarretou um sem número de problemas às pessoas. Eles não estabeleceram o verdadeiro sistema sob as leis de Deus, é o mesmo como transformar a verdade em injustiça e é condenado por Paulo.
Romanos 1:18-19 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e
injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto, o que de Deus se
pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. (AAC)
Nenhuma igreja pode estabelecer legalmente um sistema contra a legislação mencionada acima, em termos da lei de Deus. Quando isso ocorre, o sistema deve ser destruído.
O indivíduo tem uma obrigação de participar na relação do Pacto tal como foi estabelecido por Deus. O dízimo faz parte dessa relação de Pacto e é um sinal de que o indivíduo está de volta para Deus e faz parte da Sua lei/ordem e do Seu sistema de governo como um sacerdote e rei. Não dizimar não é só roubar a Deus, mas que determina se o individuo faz parte ou não do Pacto e se o individuo e a sua família participam de facto na promessa do Pacto da eleição. Não é roubar simplesmente a Deus. Reter os dízimos é privar-se a si mesmo da herança e de se santificar a sua família.
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